quinta-feira, 4 de março de 2021

Máscara na rua - Utilidade ou Mito?

Pela primeira vez estou a escrever sobre a Pandemia, sobretudo pelo respeito que tenho pelas pessoas que têm que decidir, muitas vezes apenas baseadas na intuição perante um cenário desconhecido, súbito e sem certezas de que uma determinada medida seja eficaz.

Tenho tentado cumprir ao máximo as instruções da DGS e considero que tem sido um trabalho hercúleo gerir esta situação, pelo impacto que tem, pela exposição pública, pela duração no tempo pois já vai em mais de um ano e porque tem sido, na verdade, o pior que todos já passámos na vida.

Mas não concordo com tudo, porque há coisas que me parecem um exagero, como é o caso da obrigatoriedade do uso de máscaras na rua. Haverá algum estudo de contágios que aconteceram pelo cruzamento de pessoas na rua? Haverá algum estudo que diga que as pessoas a cruzarem-se umas pelas outras se podem contagiar?

Se alguém já ligou à Saúde 24 com alguns sintomas da Covid-19 sabe que a primeira pergunta que é feita, e depois repetida várias vezes, é se esteve a menos de 2m por mais de 15 minutos de alguém que tenha testado positivo.

No caso real do aparecimento de um positivo num local de trabalho e contactada a Delegada de Saúde Local, a pergunta foi se havia colaboradores a menos de 2m por mais de 15 minutos, em contacto com a pessoa que testou positivo. Como a resposta foi negativa nem se equacionou a possibilidade dos restantes serem testados.

É claro que entendo que mais proteção será melhor do que qualquer descuido, mas o exagero prejudica a outros níveis. Até me podem dizer que conhecem um caso que aconteceu não sei onde... Uma situação esporádica não compensa os problemas psicológicos e psiquiátricos que vão crescendo na sequência de todas estas restrições.

Agora que o número de casos começa a baixar penso que estará na altura da DGS deixar de pensar apenas nos contágios, mas também no bem estar psicológico dos cidadãos e o uso da máscara na rua deve ser repensado. Já.




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