Desde que a vaga de migrantes começou a chegar à Europa que tenho vontade de escrever alguma coisa que seja minimamente interessante ou até um bocadinho inteligente. Porque não tenho tido nenhum destes rasgos, venho adiando.
Não deixo de constatar, no entanto, muita coisa escrita muito pouco interessante e nada inteligente... por isso também me sinto no direito de expressar uma opinião que não seja nehuma das duas.
Uma coisa é certa, estamos perante um fenómeno que nos deve obrigar a pensar rápido de de forma assertiva! É urgente face ao grande número de pessoas de cultura diferente que agora chegam aos nossos territórios. E este é o ponto fulcral, a diferença cultural!
E é importante pensar que são pessoas que não estão habituadas aos nossos modos de vida, muitos deles são mesmo pouco informados e com níveis de instrução muito baixos.
Os portugueses têm um ditado muito antigo que diz que "em Roma sê romano". Seria importante que este se aplicasse àqueles que agora decidiram procurar uma vida melhor, vindo viver perto de nós, dos nossos filhos e dos nossos pais.
A nossa cultura ensina-nos a respeitar todos os credos e religiões, bem como o direito à livre opinião. Penso que está na altura de adaptar isto a que haja este respeito dentro dos limites dos nossos costumes e de uma opinião que não seja ofensiva aos nossos credos e hábitos, mas não é esse o conceito islâmico que segrega as mulheres, os deficientes ou os homosexuais, que condena à morte quando em Portugal se aboliu essa pena há mais de um século, que considera que quem não segue o Corão é infiel... E, por muito que queiramos esquecer, sempre nos vem à memória que os grandes atentados cometidos no mundo nos últimos 30 anos, lamentavelmente, foram-no por muçulmanos. É certo que por uma minoria, mas não se vê a maioria recriminar de forma veemente e peremptória, excluindo da religião todos aqueles que entendem estes actos como legítimos. Lamentavelmente, isto é verdade!
Pensamos depois que os nossos milhões de emigrantes sempre foram bem recebidos e respeitados em TODO o mundo, porque sempre souberam respeitar quem os acolheu. Em alguns lugares, juntaram-se em comunidade por uma questão de facilidade, mas sempre mantendo a sua hospitalidade e cordialidade.
Ser muçulmano não deverá ser um problema, no entanto é impossível esquecer que estão referenciados cerca de 15 a 20% de extremistas islâmicos num universo de mais de 1.500 milhões de fiéis no mundo. Sabendo que não é justa esta comparação, teríamos o direito de pensar que mais de 45.000 extremistas poderiam estar a entrar na Europa nesta vaga já quantificada em cerca de 300.000 migrantes e isto sim, deve ser reflectido, investigado e, rapidamente identificado e estes cidadãos não devem ser mantidos junto das nossas famílias.
Isto é um desafio para governantes, forças de segurança e também para a população em geral. Saber gerir e integrar esta vaga gigante de pessoas com formas diferentes de viver e de se relacionar em sociedade.
Neste momento, ainda vão podendo recusar comida oferecida por uma tal de Cruz Vermelha, apenas porque tem uma cruz. Veremos quando a fome apertar realmente se vão podendo fazer o mesmo...
É um facto que a Europa não estava preparada para, de repente ser invadida por gente em grandes dificuldades, numa altura em que a própria Europa é um mar de dificuldades... Esta Europa que está sempre pronta a ajudar todos os territórios, que envia comida, medicamentos, gente qualificada para apoiar e mesmo com dinheiro. Será que aqueles estados que agora não querem acolher os que professam a sua religião e que têm condições financeiras tão boas, vão fazer o mesmo e mandar dinheiro para ajudar a Grécia ou a Hungria a lidar com as muitas dificuldades que estão a ter com a entrada de milhares de pessoas com fome?
É nestas alturas que, mais uma vez, temos que ficar contentes com a nossa situação de jardim à beira-mar plantado. A nossa condição periférica tem-nos deixado longe desta desgraça humanitária e apenas vamos levar com alguns "estilhaços" desta bomba que rebenta no centro e leste da Europa pois, caso contrário, Portugal não teria condições para gerir tamanho problema.
Mas, o maior problema não será agora! Começará, isso sim, daqui por um ano, com descontentamentos pelas condições sociais, de integração e de habitabilidade que estes refugiados vão ter. Será impossível acolhê-los em palácios e hotéis e, quando perceberem que não há trabalho, nem condições para se ter uma vida estável nesta Europa que definha, imagino que, também eles, à semelhança dos portugueses, vão querer emigrar. E alguns, se calhar, para a Síria...
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