terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A Paixão pelo Desporto

Na próxima semana faz um ano que se iniciaram as publicações semanais do então “O Desportivo” e que posteriormente deu lugar ao “Rio Maior Notícias”.
Tem sido para mim um grande prazer e uma honra participar desde o primeiro dia com esta minha coluna, onde escrevo sobre tudo o for considerado desporto. Coisas mais importantes e coisas menos importantes. Coisas de que gosto e outras de que não gosto. De desportos esquisitos ou de outros que parecendo normais, cada vez estão mais estranhos.
Isto do desporto é algo que se entranha e que, a partir de certa altura nos faz falta para respirar, seja com o futebol, que no nosso país é rei, seja com outras modalidades.
Desprezado por muitos, faz viver muita gente. Até cidades. Rio Maior tem agora muito mais projecção nacional graças ao investimento que fez nas suas valências viradas para a formação desportiva. Tem a Escola Superior em torno da qual se movimenta muita gente, tem infraestruturas que fazem inveja a muitas terras de maior dimensão, apenas precisando mantê-las para que não se deteriorem e custe mais a recuperar.
Em qualquer parte do mundo se exalta o orgulho das boas prestações desportivas. Lembro-me de ter compartilhado convosco a alegria de um taxista irlandês ao explicar-me que o desporto nacional era o Isish Football, como e onde se jogava, tendo, inclusivamente, efectuado um desvio, consentido por mim, para me mostrar o maior estádio de Dublin.
Lembro-me também da loucura que é o futebol no Brasil. A forma muito mais apaixonada e quase louca como aí se vive o fenómeno. Ou em Inglaterra onde também há uma intensidade muito superior à nossa.
Eu próprio, na loucura do desporto, fiz seis mil, sim 6.000 quilómetros, de carro, para ver um simples jogo de futebol na Alemanha, o Portugal - México do Mundial do ano passado.
Pela loucura do desporto lembro-me de ver um país inteiro cheio de bandeiras nas janelas, graças ao Euro 2004 que por cá aconteceu.
Lembro-me de ver um país inteiro a vibrar com um desporto, que nos estádios, por cá, não tem mais de umas centenas de adeptos. O Rugby e as prestações da selecção no mundial de Setembro passado. Desde o hino que ficou famoso, aos excelentes resultados, tudo mexeu com as pessoas.
Lembro-me do meu pai me falar dos êxitos do Benfica dos anos 60, dos 5 violinos, do Porto de Pedroto, da selecção de 66, eu próprio me lembro de Figo, de Eusébio, de Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Fernando Mamede, dos parolimpicos, dos campeões de judo, de tiro, de canoagem de triatlo com a já mítica Vanessa Fernandes que me obriga a lembrar do seu pai, o grande Venceslau, do Agostinho, dos Chagas e de tantos outros que agora me esqueço.
O desporto é fantástico por tudo isto. Por todas as pessoas que vão passando nas diversas épocas. Por todas as alegrias e tristezas. Pela capacidade de elevar o nome de um país.
Até pela capacidade de fazer esquecer os problemas da vida.
O prazer que tenho pela escrita aumenta quando o faço sobre o meu tema favorito, o desporto, por isso, enquanto me aturarem vou continuar, apenas esperando que… me leiam! Bem hajam.

1 comentário:

João Mota disse...

Viva!

Quero apenas dizer que gostei particularmente deste último post. Talvez pelo modo como foi escrito, pela emotividade, expressividade e clareza do texto. Por isso, muitos parabéns pela coluna e continua …
Há muito boa gente por aí, cujos nomes não interessa agora referir, com colunas semanais em diários de grande projecção, que não suscitam o mínimo interesse ao leitor e que só se mantêm (às vezes) devido ao mediatismo de quem as escreve.

Ao contrário, aqui escreve-se com muita pinta!!!

Abraço!

João Mota