Lamentavelmente o Porto perdeu em casa com o Dinamo de Kiev.
Não merecia, tiveram azar, lutaram, trabalharam, faltou uma pontinha de sorte, etc., etc., etc. O costume de qualquer equipa que perde. Só assim o Sr. Jesualdo aparece mais dócil.
E o Porto perde com um golo de livre directo, com a bola a descrever um arco e a enganar o guarda-redes Nuno. Remate forte com trajectória imprevisível a tornar quase impossível a defesa. Até aqui tudo bem, não fora eu lembrar-me dos comentários a golos sofridos pelo Ricardo nas mesmas circunstâncias. Poderia fazer melhor, reagiu tarde, mal colocado, em suma, frango!
São estes comentadores que formam a opinião dos adeptos. Muitos a pagar promessas pela vida fora a quem os pôs nestes trabalhos, sem que para isso tivessem qualidades ou vocação.
O sectarismo regional do futebol começa nos jornalistas e comentadores, mas como se protegem entre si nunca este assunto é ampla ou profundamente discutido.
Em futebol é muito fácil formar opinião ao adepto comum, pois a maior parte não pensa pela sua cabeça. Adora ouvir tudo o que é comentário, ouve o relato da rádio ao mesmo tempo da televisão, lê 2 ou 3 jornais desportivos por dia e depois adapta a sua opinião à de qualquer comentador que defendeu a sua equipa, treinador ou jogador favorito, independentemente desta ser a mais correcta ou isenta. Depois quando discute com os amigos, escuda-se nessas opiniões lidas ou ouvidas. Muitas vezes o que se ouve são conversas entre cidadãos comuns a discutir as posições de quem tem acesso e espaço na imprensa.
Foi mais uma vez o caso de ontem quando o comentador do jogo ficou sem palavras quando o Porto sofreu o golo. Guarda-redes diferente do habitual, querido dos adeptos, a dar um frango logo no jogo em que chega à titularidade... não convinha nada, então há que branquear.
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