Estamos na era da comunicação!
Todos nós, mais ou menos, comunicamos.
Hoje em dia há televisões, rádios e jornais, teoricamente reservados a profissionais da comunicação, mas também há Facebook, Tweeter, Blogs, Instagram e mais um sem número de plataformas onde todos podem expressar a sua opinião com mais ou menos critério, com mais ou menos jeito, com mais ou menos erros...
Alguns mais lidos, outros menos!
Depois há a comunicação institucional e empresarial e, aquela que aqui me trás, a comunicação institucional desportiva.
São idos os anos de graves problemas no futebol português que envolveram árbitros e dirigentes, que envolveram corrupção, desfalques a clubes... que geraram processos incompletos mas também processos que colocaram dirigentes na cadeia.
Tudo isto se passou numa era em que a comunicação era feita por profissionais e por algumas pessoas que já utilizavam estas plataformas, à época ainda pouco divulgadas.
O Ponta da Lança já cá andava!
Nesta época as notícias não tinham o impacto que têm agora porque não eram difundidas milhares de vezes por toda a gente, mesmo por aqueles cuja função é desestabilizar, de forma anónima e sem qualquer responsabilização.
São blogs ou páginas de Facebook que vão ganhando leitores apenas porque detractam os adversários desportivos, sem que seja muito importante a veracidade da informação difundida, bastando que seja impactante. Depois, estas pseudo-notícias são replicadas dezenas ou centenas de vezes e, uma mentira passa a ser uma verdade para aqueles que, muitas vezes, nem leram o artigo na íntegra. Apenas se guiaram por um título enganador e que para estas pessoas passou a ser uma verdade absoluta.
Foi assim com o caso do túnel de Alvalade, quando o blog Hugo Gil e Benfica (in)aventou que Bruno de Carvalho teria cuspido no presidente do Arouca e esta mentira tornou-se uma imediata verdade para todos aqueles que estão ansiosos por afrontar e confrontar o presidente do Sporting.
Neste momento já ninguém com responsabilidade na comunicação acredita que BdC tenha cuspido. No entanto, para muitos, isto continua a ser a verdade que querem que acreditar.
Toda esta comunicação existe na anarquia. Tudo é permitido e não há regras. Eu próprio, aqui neste meu espaço, se agora me apetecer, invento mentiras, alguém as poderá ler e acreditar nelas. Tento não o fazer!
Nesta era é preciso que os clubes tenham fortes gabinetes de comunicação, sempre atentos e com muita capacidade de fazer uma contra-informação que denuncie as mentiras. Os principais clubes já têm estes gabinetes embora muitas vezes não funcionem da melhor maneira e estejam estes mesmos gabinetes a ser os acincatadores de novas guerras.
Hoje em dia já há quem ache normal que saiam comunicados a torto e a direito, com informação realmente pertinente mas também com muito combustível que é lançado em fogueiras ateadas, aumentando fogos de forma pouco aceitável.
Estes gabinetes vinculam clubes e não é aceitável que acusem gratuitamente pessoas e instituições de quem não gostam.
Recentemente surgiu uma nova "moda" que é a dos comentadores vinculados. Estes são como que braços armados das instituições. Quem quiser estabelecer uma comparação, o Sinn Fein ou o Herri Batasuna sempre foram partidos pseudo-correctos e que ainda hoje existem, não deixando de ter os seus braços armados nas lutas radicais e muito violentas, como eram o IRA e a ETA respectivamente.
Neste momento o Benfica apresenta-se uma instituição que não entra em polémicas mas tem em Pedro Guerra, André Antunes e Rui Gomes da Silva actores sem problemas de ser a imagem das polémicas e dos ataques ferozes a terceiros, sobretudo ao Sporting.
A isto, contrapõem os Leões através de elementos da estrutura do clube, muitas vezes em modos idênticos que, claramente, descredibilizam a instituição.
Já dizia o filósofo, nunca discutas com um estúpido a menos que tenhas a certeza de poder estar ao seu nível. Pois a conclusão a que chego é que se equiparam em estupidez, com claro prejuízo para aqueles que fazendo parte do clube, o expõem directamente.
Ao exporem o clube, expõem os seus sócios e adeptos que, em muitas circunstâncias não concordam com o tipo de discurso, ainda que concordando com o conteúdo e se vêm acossados pelos adeptos rivais, sendo em muitos casos, gozados e até enxovalhados.
É preciso tino urgente no futebol!!!
Por fim, quando os resultados ajudam, há moral para tudo! Pior é quando os resultados contradizem semana após semana o nosso decoro no discurso, a nossa vaidade e a nossa arrogância. Nessa altura até os próprios adeptos se viram contra os das suas cores.
Talvez se o discurso tivesse sido racional e competente, se a comunicação tivesse sido de qualidade e elevada, tudo fosse mais fácil de controlar. Assim...
Há coisas que a nossa educação e formação não nos permite, razão pela qual, quem ateia o fogo, que o apague!
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