terça-feira, 6 de maio de 2008

ATÉ JÁ

Há setenta e duas semanas atrás o Luís e o Paulo, por interposta pessoa ouviram falar do meu nome e aceitaram que eu começasse a escrever umas crónicas para o então chamado Desportivo.
Foi com muito prazer que me iniciei com o Ponta da Lança dando a minha opinião sobre os mais variados temas, semanalmente.
Depois da primeira semana iniciei também o Mais e Menos e mais tarde o Blogosfera.
Apercebo-me então que nessa altura fico com uma página inteira de um jornal a meu cargo. Só aí ganho consciência da responsabilidade que caía sobre os meus dedos. Mas como tudo isto é feito por puro prazer lá fui conseguindo, com maior ou menor dificuldade.
Mas para quem, como eu, não vive da escrita, muitas vezes não é fácil manter o nível que por mim é exigido. Nem sempre é fácil encontrar tempo para estar atento às notícias, saber o que se passa no mundo, no país e na cidade. E quando a cidade para a qual se escreve não é aquela em que vivemos tudo se complica ainda mais. Mas apesar de tudo isto tentei estar ao nível e sentir aquilo que me passava a escrito.
Falei de desportos estranhos, de outros mais habituais entre nós, de pessoas mais ou menos conhecidas, de coisas boas e coisas más. Falei de blogs muito e pouco visitados. Neste momento conheço uma boa parte das páginas de opinião que existem na rede.
Tudo fiz com prazer.
Neste momento preciso de um descanso, de uma paragem que volte a permitir-me não ter que ler jornais todos os dias, ver jogos, acompanhar outros desportos e orientar a minha vida para que, na segunda-feira, tudo esteja nas mãos hábeis da Liliana para edição.
Quero deixar um agradecimento a quem me deu a oportunidade e que sempre me deu abertura para que, no dia que entendesse, estivesse à vontade para poder parar.
Foi um prazer fazer parte de um projecto novo, ver nascer e crescer um jornal. Poder escrever numa publicação onde escrevem outras pessoas muito respeitadas e conhecedoras.
Quero aproveitar este último artigo para desejar as maiores felicidades aos desportistas de Rio Maior, com uma saudação particular para a União que acompanhei um pouco mais de perto neste últimos tempos, clube que também aprendi a gostar pela forma respeitosa e sempre simpática como aí fui recebido, apesar de representar um oponente.
É de forma curiosa que me despeço deste espaço, pois em paralelo fui Director Desportivo do Caldas Sport Clube e naquele que também foi o meu último jogo no exercício das funções, fui expulso. Vai ser fácil lembrar esta cidade que, apesar de conhecer mal, aprendi a gostar.
Apenas deixo um lamento, pelo facto de durante todo este tempo nunca ter tido qualquer feed-back dos leitores. Apesar de sempre ter constado o meu e-mail este nunca recebeu uma única opinião, fosse favorável ou desfavorável. Chego a pensar que nunca fui lido…
A minha última palavra para o Paulo Araújo, a quem desejo força e capacidade para continuar com este projecto. Que não se deixe abater pelas dificuldades e continue a manter e a melhorar a qualidade do Rio Maior Notícias.
Porque as portas não se fecham quando as pessoas se dão bem, a minha despedida é apenas um…

ATÉ SEMPRE!


Nota do Blogger: Esta despedida é da publicação Rio Maior Notícias e não do Blog, onde conto continuar a escrever, embora que agora sem a obrigação semanal, mas sim sempre que me apeteça, daí que para os leitores da página electrónica será um ATÉ JÁ!

Destaques

EM JOGO


Acabou por ser o melhor reforço do Sporting para a fase final do campeonato. Yannik Djaló regressou de lesão na altura certa tem marcado golos em quase todos os jogos. Já leva 5 de grande importância.
Esta semana em que havia crise de pontas de lança na equipa dos leões, o jovem jogador resolveu ao bom estilo do seu companheiro Liedson, marcando o golo que deu a vitória e muito provavelmente o acesso à champions aos de Alvalade.
Cada vez mais uma afirmação no futebol nacional.

EM LINHA



Está tudo quase tudo definido no acesso às competições europeias na Liga pois estão garantidas as presenças de Marítimo e Vitória de Setúbal na UEFA.
Dois clubes que demonstraram estar bem organizados e bem liderados por pessoas competentes e responsáveis.
Esperemos que mantenham estas estruturas para a próxima época e que possam representar condignamente o país nos jogos internacionais que vão disputar.
Espero, sobretudo, que o facto de irem às competições europeias não venha a ser um factor desestabilizador da época e, á semelhança do que aconteceu este ano, venham a pagar uma factura muito cara, caindo na tabela classificativa, como aconteceu a Leiria e Paços,

FORA DE JOGO


Mais do mesmo. Também em Espanha as equipas de topo são recorrentes e o campeão disputa-se entre duas ou três formações.
Real Madrid voltou a ser mais forte e a ganhar o campeonato, embora não tão à vontade como noutras ocasiões.
Desta feita há mais um jogador com nacionalidade portuguesa a sagrar-se campeão. Pepe trocou o Porto pela capital espanhola e é campeão pela terceira vez consecutiva.
Apesar da vitória, fica a dúvida quanto à permanência de Schuster no comando dos merengues, sendo muito falada a possibilidade de Mourinho poder ser alternativa a um treinador que não conseguiu transformar o Real numa equipa intimidatória e imperativa.
Vai ser um defeso agitado.

NO BANCO


Deco não costuma andar nas bocas do mundo por más razões, mas esta época as coisas nem sempre correram da maneira mais pacífica ao médio Luso-Brasileiro. Lesões, afastamento da equipa e agora, já no final de época, está a ser acusado de ter levado um amarelo propositadamente para não participar no jogo em Madrid contra o Real.
Já se sabe que o seu relacionamento como técnico Frank Rijkard não tem sido o melhor e tudo o resto tem sido prejudicado por isso. Não só o jogador mas também e sobretudo o clube.
Agora resta definir quem sai primeiro, se o treinador e talvez o jogador fique ou se será ao contrário.
Esperamos nós portugueses que desta disputa não saia prejudicada a selecção.


NA BANCADA



Este fim-de-semana os adeptos do Leixões acusam os seus congéneres de Guimarães de terem atacado os seus autocarros à pedrada numa área de serviço da A1. Até à hora em que escrevo estas linhas não há provas inequívocas mas também não há desmentidos.
O que resulta desta situação que tomo por verdadeira é que o Vitória não precisa de adeptos assim apesar de ser notório que tem muitos dentro da sua organização. Não é a primeira vez! Vêm sendo recorrentes os problemas causados pelas claques da cidade berço, o que é uma pena. Não há clube que passe por Guimarães que não tenha razões de queixa, seja no estádio, nas imediações ou mesmo já a caminho de casa.
Para que servirá então a nova legislação de enquadramento das claques? Estarão as vitorianas dentro da lei? Presume-se que sim pois estão dentro do estádio devidamente identificados. Então porque não age a polícia?