sexta-feira, 28 de julho de 2017

Carta aberta a Nicolau Santos

Caro Nicolau Santos,

eu também tenho opinião sobre o Sporting e sobre o plantel.
Também tenho opinião sobre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus.
Também tenho opinião sobre o regresso das modalidades ao Sporting e a construção de um pavilhão que as albergue.

Também tenho opinião sobre os corpos sociais e directivos do clube.

Ou seja, ambos temos opinião!

Embora eu não vá explanar aqui a minha opinião sobre o universo Sporting, não podemos dizer qual das nossas opiniões será a melhor e a que deveria vingar no clube.
Só há uma coisa que nos distingue. É que a sua opinião é publicada no Expresso, bem como as respostas a quem o contesta e, a minha apenas vai sendo publicada no meu modesto blog.

Como é óbvio, muito do que diz sobre o clube e sobre as pessoas que o lideram são correctas, mas também Nuno Saraiva diz coisas com muito acerto. Sobretudo quando fala de timing...


De uma pessoa que se expõe da forma que fez, no maior semanário português, onde está há tantos anos que se deverá achar em casa, espero que agora dê o salto e passe estas críticas para o local certo de um clube democrático, a sua Assembleia Geral. E, já agora, para quem está tão seguro da sua certeza, porque não concorrer às próximas eleições? Faltam apenas três anos, o que lhe dá muito tempo para as preparar.


Com votos das maiores felicidades desportivas e sem dúvidas do seu sportinguismo, endereço Saudações Leoninas.

Jaime Feijão


terça-feira, 25 de julho de 2017

Será possível ou é apenas uma estupidez minha?

Este ano houve eleições presidenciais em França que foram ensombradas por diversos atentados que mataram muitas pessoas.
Algumas conversas da família Le Pen, quer Marine, quer o seu pai, Jean Marie, deixaram no ar que, consigo no poder não teriam havido explosões criminosas.

Houve quem aventasse a possibilidade destes ataques terroristas possam não ter um fundamento extremista islâmico como é habitual mas que tenham sido provocados para impulsionar determinada facção nas eleições.
Desde as eleições, que se realizaram no dia 7 de Maio, não voltaram a acontecer atentados!

No final deste ano teremos eleições autárquicas em Portugal e a luta entre os dois maiores partidos portugueses está feroz.
Esperamos todos que o volume impressionante e anormal de incêndios não estejam a ser usados em substituição dos habituais cartazes de campanha...


Ou então, tudo isto é uma grande estupidez!...

sexta-feira, 21 de julho de 2017

André Ventura e os ciganos

André Ventura, candidato à Câmara de Loures pelo PSD e a quem o CDS retirou o seu apoio, fez esta semana declarações muito objectivas, dirigidas aos ciganos (não vou dizer se é raça ou etnia para não aborrecer o senhor que foi ao Prós e Contras), acusando-os de viverem, na sua maioria, de subsídios do Estado, como o RSI - Rendimento Social de Inserção.
Não, não vou dar aqui dizer se acho que sim ou que não porque não é esse o propósito desta crónica.
Vou sim dizer que estou na dúvida se André Ventura ganhou ou perdeu as eleições com estas declarações.
É sabido que uma larga maioria das pessoas em Portugal, por muito que se queira negar a evidência, não gosta de ciganos.
Quem quer ter famílias ciganas como vizinhos?
Quem aluga uma casa a ciganos?
Quantas pessoas se podem gabar de ter amigos ciganos com quem convivem de forma frequente e chegada?
Quem nunca fez uma crítica igual à de André Ventura sobre o facto de muitos ciganos terem sinais exteriores de riqueza e, apesar disso, terem direito a subsídios do Estado?
É óbvio que quem quiser ser politicamente correcto dirá que o candidato se excedeu, que não pode generalizar e que está a ser racista. E que, sobretudo quem concorre a eleições, não deve dizer o que ele disse por ser politicamente incorrecto.
Mas quantos também, não estão a pensar que ele tem razão? E muitos dos que pensam isto, têm medo de o assumir e de o verbalizar.
Não esqueçamos, no entanto, que o voto é secreto e que dessa forma, até aqueles que não se querem manifestar publicamente o podem fazer no anonimato e conferir uma legitimidade a André Ventura para aplicar medidas contra aquilo que se acha ser uma prática instalada.
Outra dúvida que tenho é se o candidato proferiu estas declarações já fazendo parte de uma estratégia ou se assumiu essa estratégia depois das declarações terem gerado grande burburinho a nível nacional e que possa ter pensado que pode ser uma boa forma de captar votos.

Uma coisa sei, André Ventura é um homem muito inteligente. Polémico, provocador e habituado ao confronto mas com muita capacidade de argumentação que lhe permite enfrentar este assunto e alimentá-lo.
Outro argumento a favor é que o nosso país, em algumas circunstâncias, vive-se a fase Tiririca - pior do que o que está não fica e, por isso, muitas pessoas votam em quem lhe faz promessas, mesmo muito absurdas ou atropelando o que possam ser direitos humanos ou direitos consagrados.
Em Outubro se verá mas começo a ver crescer uma onda que pode acabar em vitória.


A teoria do "fodasse"

Sim, leram bem, fodasse com dois esses!
Penso nisto amiúde. Porquê o consensual foda-se e não o mais lógico fodasse?
Ninguém na web sustenta esta fórmula de vernáculo com dois esses, todos optando pelo foda-se, que é a utilização do presente do con
juntivo do verbo foder, acrescido do pronome pessoal reflexo "se" na terceira pessoa.
Quer isto dizer que o foda-se escrito desta forma indica uma que nos dirigimos a alguém e que queremos que essa pessoa "se foda". Implica a acção!
Coisa que não acontece usando a palavra fodasse que, esta sim, é uma interjeição e não obriga à acção da pessoa se ir foder.
Perante isto e sempre que a palavra surge num contexto de surpresa, de admiração, de alegria, de dor ou apenas de desabafo, eu (des)largo um FODASSE!
Se quiser, realmente, mandar alguém para esse lado, aí eu já digo vai-te foder ou mesmo, se forem várias pessoas e à boa maneira do norte, fodei-vos.
Não chego ao cúmulo de lhe pôr um acento circunflexo no "o", à maneira brasileira, porque acho que já seria demais...
E, se tudo isto for uma grande estupidez, fico-me pelo facto de que, em termos gráficos o fodasse ser muito mais giro!...
Fodasse para isto.


quarta-feira, 12 de julho de 2017

A confirmação de uma estratégia

Já aqui abordei, a propósito de Salvador Agra (aqui), que o Benfica esta época optou por uma estratégia de empréstimos de jogadores a clubes de menor dimensão. E convenhamos que é uma estratégia bem pensada, afinal são jogadores com importância para as equipas para onde vão e que, maioritariamente, serão titulares.
Ora, ao abrigo da lei, contra o seu próprio clube não poderão jogar o que significa que o Benfica defrontará algumas equipas que estarão debilitadas pela falta que estes elementos farão nesses jogos.
Também incrementa a competitividade dessas equipas contra os seus rivais mais directos.
Depois, não deixarão de ser olhos e ouvidos dentro dessas instituições e que, se não forem completamente fiéis ao seu grupo de trabalho e à estrutura onde estão inseridos, poderão ser uma fonte de informação de estratégias e tácticas...
Um dos alvos que o Benfica estava a tentar conquistar para esta estratégia, Ailton, jogador do Estoril, segundo o jornal O Jogo, esta semana impôs a condição que, para assinar, queria garantias de ficar no plantel encarnado e, fazendo fé neste diário, Luís Filipe Vieira negou-lhe esta pretensão e com isso a transferência terá sido inviabilizada.
Apenas mais uma confirmação de que esta estratégia existe e tem sido alvo de grande investimento por parte dos campeões nacionais.
Obviamente que há aqui muito jogo fora de campo que desvirtualiza o campeonato e a verdade desportiva. Apenas mais uma das coisas que tem que ser mudada nos regulamentos da Liga.


Para ler aqui

Agra muda de ave

Não deve haver sensação pior para um jogador de futebol que sentir-se usado como um instrumento de manipulação, quando cumpre o sonho de assinar por um grande, talvez o do seu coração, mas é logo despachado sem ter uma oportunidade, não é Agra?...
A camisola ainda a vestiu no dia da assinatura mas teve logo que a devolver.
Fica claro que nunca foi opção pois se fosse teria sido testado.
Agora a ave é outra...
Talvez apenas porque é preciso que na primeira jornada dê tudo por tudo...
Vamos lá ver se não muda de equipa todas as semanas para outra onde faça mais falta...
Não deixa de ser uma estratégia inteligente que usa as premissas da lei.


sexta-feira, 7 de julho de 2017

Justíssimo reconhecimento ao Joel

Esta semana, na festa de encerramento de época do Caldas Sport Clube, a Direcção entendeu reconhecer o trabalho de Joel Ribeiro que, enquanto jornalista faz um acompanhamento de proximidade com o clube.
Sou amigo do Joel e por isso suspeito mas tenho que vir dizer que é um dos mais justos reconhecimentos a uma pessoa excepcional, de grande empenho, seriedade e isenção.
E é a prova que se pode ser isento e defender uma instituição.
Muita gente não entende que o trabalho de jornalista é feito com o sacrifício da família que tem que se deixar, sobretudo ao fim-de-semana quando estão no gozo das suas folgas, para estar onde o Caldas está, para acompanhar juniores, juvenis, iniciados e por aí fora...
Não há uma cara no Caldas que o Joel não conheça! Mesmo nos mais pequeninos...
Não há um jogador, treinador ou dirigente do Caldas que não conheça o Joel.
Mas também o Sporting das Caldas, o Caldas Rugby Clube, o Arneirense, o MVD e todos os outros emblemas da cidade.

É de uma humildade como poucos.
Depois, não é por este prémio que o Joel vai mudar. Eu sei disso!!!
Parabéns Joel.

Foto Gazeta das Caldas

Profissão: Futebolista!

Muito se tem falado no facto de Fábio Coentrão ter dito que em Portugal só jogaria no Benfica e agora assinou por uma época com o Sporting.
Na verdade, parece-me que o primeiro argumento passa pelo facto do Coentrão ser jogador profissional de futebol. É isso a sua vida e é nisso que ganha dinheiro!
Depois podemos divagar.
Podemos dizer que, quando fez essas afirmações, pensaria que o Benfica, um dia, se esforçaria por fazê-lo regressar.
Podemos dizer mesmo que possa ter pensado que, por ser jogador do Real de Madrid, outras portas se lhe abririam.
Ora, nem o Benfica se interessou pela sua contratação nem teve mais convites, pelo menos que se saiba.
Surgiu o Sporting, clube sobre o qual também já tinha feito juras de amor antes de rumar à Luz e terá pensado que podia juntar o útil ao agradável. Jogar por um clube com ambição, com a possibilidade de jogar na Champions, manter o nível salarial e, efectivamente, jogar, coisa que lhe aconteceu pouco nos últimos tempos.
Ora reuniram-se assim as condições necessárias e aí está ele em Alvalade.
Nada de extraordinário! Futre e Cadete também passaram pelo Benfica nas fases descendentes das suas carreiras e, nem por isso, saíram beliscados no seu sportinguismo que poucos porão em causa.
Fernando Mendes andou por todos os grandes, é mesmo, aliás, o único jogador português que jogou em todos os clubes que já foram campeões nacionais, Sporting, Benfica, Porto, Boavista e Belenenses e é um fervoroso defensor do Sporting nos programas de televisão em que participa.

Todas estas razões para dizer que, daqui por uns meses, a chegada de Coentrão é, conforme se diz agora, um não assunto!


domingo, 2 de julho de 2017

O Rúben merecia melhor!

O negócio mais estranho deste defeso! Tenho o Rúben Neves como um dos melhores jogadores sub-21 do nosso país. Depois da saída do André Silva para o Milan pensei que o Rúben, se saísse, seria para um clube da mesma dimensão. Em Itália ou Inglaterra. Nunca para o Wolverhampton da Premiership... Está claramente a trocar uma carreira por dinheiro, o que tenho que entender mas acho um erro! E está a ser empurrado pelos interesses financeiros de um clube a precisar urgentemente de realizar capital e por um empresário sem escrúpulos que só está a pensar na sua posição e na tentativa de evitar o falhanço de um clube onde pensou poder ganhar milhões em jogadores e que também não está a conseguir... No meio disto está um jovem que, de titular de um dos maiores clubes portugueses, onde chegou mesmo a capitão e da selecção do seu escalão, vai ver a sua imagem decair e desaparecer dos radares. Tenho pena!