terça-feira, 20 de abril de 2010

Há decisões que precisam de ser explicadas


Há coisas que se passam na nossa vida que são tão nossas que os outros não conseguem entender. Porque é a nossa vida, só temos que explicar a quem entendermos ou a quem connosco convive directamente.
Mas quando estas coisas se passam na vida de um clube com sócios, accionistas e adeptos, há decisões que deveriam ser explicadas para que todos pudessem entender.
Paulo Sérgio como treinador do Sporting é claramente uma dessas decisões.
Qual terá sido o raciocínio que levou os ilustres dirigentes do clube de Alvalade a contratar uma pessoa sem provas dadas no futebol?
No seu curriculum constam os respeitáveis Olhanense, Santa Clara e Beira Mar da Liga de Honra e o Paços de Ferreira e o Guimarães da Primeira Divisão mas sem resultados de relevância, pois o Ulisses Morais no Paços fez o mesmo e até mesmo o Inácio na Naval tem feito muito mais que o exigível, por exemplo.
Muito pouco para servir para o meu Sporting!
Mourinho só há um!... Já tentámos com o Peseiro, com o Paulo Bento, com o Carvalhal e agora insistimos no erro.
Isto apenas provoca uma banalização do clube que cada vez é mais pequeno pois não são os pais que têm que cativar os filhos para serem sportinguistas, mas sim o clube a ter uma dinâmica de vitórias que puxe para seus adeptos os filhos de portistas e benfiquistas. Isso sim, é dinâmica!
Mais uma vez me parece que andamos a remendar furos de um pneu que está cheio de buracos e que vai, certamente, furar noutro lado e o Paulo Sérgio vai ser mais um a ter uma passagem efémera por esta estrutura.
Continuo a defender o que defendia até aqui. No momento que o clube atravessa, o primeiro passo seria contratar um treinador com carisma e curriculum. Claro que era Manuel José o meu eleito. É caro? Talvez, mas como diz a sabedoria popular, muitas vezes o barato sai caro!!!
Eu, pessoalmente, cada vez estou mais desiludido, não consigo esconder.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Quanto mais falam mais se enterram

Não há quem entenda estes senhores.
Primeiro, consideravam a homossexualidade como uma doença, inaceitável para a hierarquia da igreja e, por isso, são (ou eram) terminantemente contra todas as alterações legislativas que conferem igualdade a quem tem uma orientação sexual diferente.
Agora perante escândalos intermináveis de pedofilia no seu seio vêm tentar "desculpar" os envolvidos, associando-os a comportamentos desviantes.
Quanto mais falam mais se enterram!!!
Só não percebo é o silêncio daqueles que, tendo responsabilidades politicas, não condenam veementemente tudo o que se tem passado, uma vez que é quase impossível levar os prevaricadores a responder pelos seus actos, pois os processos estão prescritos devido à complacência de quem os ocultou durante anos.
Também esses deveriam responder criminalmente. (é claro que sei que acabei de dizer uma piada...)
Mas parece que agora o direito canónico sobrepõe-se ao direito civil e criminal!...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O dia errado para experiências...

Júlio César no lugar de Quim, percebo pela coerência de todo um percurso a dar oportunidade a um dos suplentes nos jogos da Taça Europa.
Rúben Amorim no lugar e Maxi, com este no banco, não percebo!...
David Luiz no lugar de Fábio Coentrão e consequentemente Sidnei (que não joga há muito), no centro da defesa com o lateral esquerdo no banco, não percebo!...

Não teria sido mais coerente ter feito estas alterações/experiências todas contra a Naval???

Fez-me lembrar uma, também célebre, revolução de Peseiro na Final da Taça UEFA que custou o troféu ao Sporting.

Devia aprender-se mais com a história e não fazer revoluções nos jogos mais importantes, sobretudo quando as equipas estão rotinadas e a jogar bem.
Quem sabe se tivesse mantido a estrutura se não se teria notado menos o tão falado cansaço.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A desculpa do cansaço

"Não teremos horas de recuperação, e não há milagres. Não sei o que pode acontecer aos jogadores em termos de fadiga muscular, mas teremos alma e coração para disputar a eliminatória."

Jorge Jesus após o jogo com a Naval

"O que mais me preocupa são as poucas horas de recuperação. Com mais um dia, teríamos outro andamento. E há jogadores que amanhã estarão no limite do risco de se lesionarem."

Jorge Jesus no dia antes do jogo com o Liverpool

O treinador do Benfica há algumas semanas que se vai referindo ao cansaço da sua equipa como potencial factor condicionador de exibições e resultados.

Ora, nada mais correcto. Uma equipa que disputa várias competições de elevado grau de exigência, desgasta-se, sem dúvida, mas sabe que assim é e deve estar preparado para isso.

Estranho é que o Benfica não se tenha desgastado mais cedo, pois tem um ritmo de tal forma elevado em todos os jogos, desde o início da época, que não me lembro de ver há muito tempo. E estranho!

Depois temos ainda o factor rotatividade. Uma equipa com tamanho número de soluções talvez devesse fazer uma melhor gestão de plantel por forma a que os jogadores mais influentes chegassem mais frescos aos jogos mais importantes, mas não é isso que se verifica, pois não tem havido essa gestão e há jogadores que jogam sempre (Maxi, Luisão, David Luiz, Javi, Ramirez, Saviola, Cardozo) quando teriam a possibilidade de ser rendidos a bom nível (Sidnei, Miguel Vítor, Airton, Ruben Amorim, Weldon, Kardek, Éder Luis, entre outros...).

Ainda hoje um amigo tentava fazer o paralelismo com o Sporting de Peseiro que chegou à Final da Taça UEFA, dizendo que se tinha focado só nisso. Nada mais errado, pois esse foi o ano em que o Sporting, apesar de não ganhar nada, disputou todas as competições até final e sem queixas quanto à parte física, nem desculpas de ter perdido porque os jogadores não podiam mais.

Não vejo, portanto, tanta necessidade de arranjar desculpas antes dos jogos para poderem ser usadas em caso de derrota. Todas as equipas perdem um dia! O que se espera é que nesse dia o façam de forma honrosa e que saibam enaltecer os vencedores.

Boa sorte para o jogo de hoje!