“A dopagem (em inglês, doping) é a utilização de substâncias proibidas no desporto, por promoverem o aumento ilícito do rendimento do atleta.” in Wikipédia
O desporto tem por base ideológica a competição entre semelhantes na tentativa de busca da vitória. Um dos pressupostos é que a competição seja feita com igualdade de condições e que não seja falseada de nenhuma forma.
Mas como qualquer coisa que se faz neste mundo, sempre aparece alguém que, para tirar vantagem, tenta falsear a base da competição tentando chegar, de forma mais fácil, à vitória.
Com o decorrer dos anos e as evoluções da tecnologia, o desporto tem sido um alvo muito apetecível dos falsificadores, pois é também um mundo onde circula muito dinheiro. A ânsia da vitória leva o atleta a embarcar em aliciamentos. Muitas vezes o atleta não tem escolha, ou aceita ou deixa de ser apoiado e desaparece. Mas claro, no final, o punido é sempre ele. Mas não é ele que desenvolve os produtos, não é ele que tem os conhecimentos necessários para a sua administração.
Lamentável em tudo isto é o descrédito que se vai apoderando dos espectadores que, muitas vezes com sacrifício pessoal, tentam acompanhar os desportistas que foram aprendendo a gostar e que mais tarde vêm a perceber que andaram a ser enganados.
Lamentável é também o facto de um atleta, porque se dopou, ter um estatuto de estrela pois atingiu altas performances, com isto ganhou muito dinheiro, tendo havido alguém que não mentiu e não enganou e deixou de ganhar para o mentiroso.
Lamentáveis são os comentários de directores desportivos quando dizem que se a sua equipa está a ser controlada de surpresa contra a existência de substâncias dopantes é porque os estão a perseguir.
Esta semana, a atleta americana Marion Jones, velocista e saltadora, confessou debaixo de lágrimas (de crocodilo), ter-se dopado e que graças a isso conseguiu melhores resultados. Curiosamente, o seu ex-marido, o lançador CJ Hunter e o seu, também ex-companheiro, o velocista Tim Montgomery, também foram apanhados nas malhas do doping. Este, chegou mesmo a bater o recorde mundial dos 100m, que lhe foi retirado depois de confirmada a ilegalidade.
O seu treinador, Trevor Graham, já havia também sido envolvido em escândalos semelhantes quando treinava Justin Gatlin, campeão Olímpico, mundial e recordista dos 100m. Claro que todos pensamos que de forma ilícita.
Falamos hoje de atletismo, porque foi uma atleta que confessou, mas não é só neste desporto que estas coisas se passam. Quase em todos há suspeitas. Umas confirmam-se, outras não se investigam.
Os grandes prejudicados são aqueles que, porque têm qualidade, tentam disputar a vitória e não conseguem porque alguém tira vantagem de maneira irregular.
Marion Jones poderá agora ter que devolver as medalhas que ganhou, mas como será com o dinheiro que recebeu dos patrocinadores, dos prémios de presença em grandes eventos?
Não podemos esquecer que o povo diz que se apanha mais depressa um mentiroso que um coxo… E para além disso é também importante lembrarmo-nos também que a fama é efémera, e que a qualidade perdura!
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