domingo, 13 de dezembro de 2020

2,56 gramas de discernimento...

Fiz uma única vez o teste de alcoolemia na estrada. Acusei 0,35 gramas de álcool no sangue e não fiquei nada confortável com a situação. Fez de mim um condutor mais cuidadoso e menos bebedor antes de conduzir.
Hoje ouvi uma história de um cidadão que, depois de acusar 2,56 gramas, diz ter sido agredido pelos agentes da esquadra de Vila do Conde.
Ponto prévio, qualquer violência injustificada por parte das autoridades é condenável.
Como condenável é qualquer resistência às autoridades!...
Quando há respeito mútuo raramente há notícias de agressões ou maus tratos. Curiosamente, quando de um dos lados há injúrias ou resistência, algo acontece.
Não vou fazer qualquer juízo de valor, apenas dizer que me faz confusão a clarividência de uma pessoa que está perdida de bêbada...
Quem já esteve em estado de etilite aguda sabe perfeitamente que, no regresso à normalidade, muitas memórias desaparecem, outras misturam-se e outras parecem alucinações.
Que moral tem um cidadão (e aqui pouco importa se é português ou imigrante), para fazer declarações sobre memórias claras de ofensas e intimidações? Pode ser levado a sério? Que tipo de resistência terá feito à sua detenção? Que comportamento terá tido para com os agentes que o detiveram?
Na verdade, mostra sinais de agressões, mas o que terá estado por trás disso?
Será que a autoridade não teve que exercer o seu poder para "acalmar" um cidadão que não estava no pleno controlo das suas faculdades psíquicas?
As dúvidas ficam perante a certeza de que uma das partes terá memórias quase miraculosas...



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