O Partido Comunista Português teima em manter uma resistência à alteração da sua liderança, continuando Jerónimo de Sousa ao leme, com as mesmas ideias e formas de atuar de há muitos anos. Depois lança um candidato mais jovem às eleições presidenciais que até parece uma lufada de ar fresco. No entanto as ideias são as mesmas e os projetos não mudam. Não é fácil, assim, renovar um partido que continua com as mesmas ideias bolorentas.
João Ferreira é um homem inteligente, com bom discurso, mas fica por aí.
A quem apoia políticas de esquerda acredito que ficará um sentimento de alguma desilusão que os comunistas não se renovem, não assumam uma esquerda mais moderna, menos agarrada aos dogmas do tempo de Cunhal. Talvez uma mudança pudesse ser benéfica e até recuperar muito do eleitorado que foram perdendo para o Bloco e até para o PS.
No que diz respeito ao candidato, entrou mal nos debates, deixando-se enlear pela forma truculenta de André Ventura e acabou por ficar marcado por isso. Seguiu-se alguma acalmia mas com muito pouco protagonismo que mantém com baixas intenções de voto nas sondagens, no quinto lugar, atrás de Marisa Matias.
Mais uma oportunidade falhada pelo PCP que se arrisca a ser um partido de representação residual que no Parlamento, quem nas outras instâncias onde se candidata, uma vez que os fiéis asseguram sempre uma presença parlamentar, mas que cada vez é menor.
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